Produzido por jovens que estão deixando ou já deixaram os serviços de acolhimento ou repúblicas, representantes de diversos países, sendo um deles do Brasil, durante o 33º. Congresso da Federação Internacional de Comunidades Educativas- FICE: “Juntos construindo um mundo melhor para crianças, adolescentes e famílias” realizado em VIENNA, AUSTRIA, de 22 a 25 de agosto 2016
1 – Cada jovem que sai de um serviço de acolhimento² deveria ter direitos, oportunidades, acesso a benefícios sociais iguais e ser adequadamente informado a respeito destes direitos.
2 – Todo jovem que sai de serviço de acolhimento deveria estar envolvido em seu próprio projeto de vida após sua reinserção social e poder comunicar o que tem feito.
3 – Ao requerer entrada na faculdade/universidade, cada jovem que sai de serviço de acolhimento deveria ter benefícios e acesso a bolsa de estudo patrocinada pelo governo ou por organizações particulares.
4 – Para poder encontrar e obter sucesso em um emprego, todo jovem que sai de serviço de acolhimento deveria ter ajuda para estar ciente, e obter reconhecimento de todo o seu potencial, de tal forma que ele possa ter a chance de melhorá-lo.
5 – É importante que os jovens nestas condições tenham um Plano de seguro de saúde grátis para todos.
6 – Para viver a sua vida, todo jovem que sai de serviço de acolhimento precisa se sentir conectado a algumas pessoas com as quais ele possa contar e confiar.
7 – Os profissionais que trabalham oferecendo apoio para os jovens que saem do serviço de acolhimento deveriam estar motivados, qualificados, ser solidários e ter supervisão.
8 – Para poderem cuidar de si mesmos, os jovens que saem de um serviço de acolhimento precisam ter conhecimento das habilidades de vida e também como organizarem as suas rotinas diárias, o que pode ser em reuniões entre eles próprios.
9 – Jovens que saem dos serviços de acolhimento precisam saber como podem exercitar sua capacidade de se manter e viver, tendo uma vida digna.
10 – Após deixarem um serviço de acolhimento, a sociedade deveria providenciar oportunidades para que eles tenham um mentor que os guie e providencie apoio emocional quando for necessário.
[1] Tradução livre: M.Lucia Gulassa e Guido Botto. Edição: Isa Guará
[2] Nesta tradução foi incluído o conceito normatizado no Brasil “Serviço de Acolhimento”. Lembramos ainda que na maioria dos países participantes o serviço de acolhimento familiar é um serviço mais presente do que o abrigo institucional.